A Virgem Maria entrega a São Simão Stock o escapulário (Sec. XIX; Igreja de Sta. Maria da Vitória, Roma)
Quando falamos em escapulário costuma referir-se o escapulário da Ordem do Carmo, que é reconhecido pela Igreja Católica e que todos os Papas do século XX usaram.
O Escapulário do Carmo está ligado a uma venerável tradição carmelita, a saber, à "visão" de São Simão Stock. Segundo essa tradição, Nossa Senhora teria aparecido a S.Simão Stock, trazendo o escapulário na mão e dizendo: «Hoc tibi et tuis privilegium: in hoc moriens salvabitur». Por outras palavras: aquele que fizesse parte da Ordem (recebesse e usasse o escapulário como sinal dessa pertença) seria salvo definitivamente.
Simão nasceu em 1165 no castelo de Harford, no condado de Kent, Inglaterra. Sua mãe consagrou-o à Santíssima Virgem desde antes de nascer. Em reconhecimento a Ela pelo feliz parto, e para pedir sua especial proteção para o filhinho, a jovem mãe, antes de o amamentar, oferecia-o à Virgem, rezando de joelhos uma Ave-Maria.
Além dessa graça específica da salvação eterna, ligada ao Escapulário, Nossa Senhora concedeu outra, que ficou conhecida como privilégio sabatino. No século seguinte, apareceu Ela ao Papa João XXII, em 3 de março de 1322, comunicando àqueles que usarem seu Escapulário: “Eu, sua Mãe, baixarei graciosamente ao purgatório no sábado seguinte à sua morte, e os lavarei daquelas penas e os levarei ao monte sant Vastíssima foi a difusão da devoção do Escapulário do Carmo entre os fiéis a partir do século XV. Deste modo, o escapulário tem servido de instrumento para estender a família Carmelita para além do círculo dos frades e freiras, com a ampla agregação de leigos devotos do Escapulário.
Além de sinal de agregação à Ordem do Carmo, o escapulário é também sinal de pertença a Maria; é símbolo próprio para exprimir devoção à Mãe de Jesus, bem como a filiação dos fiéis à família Carmelita. Para os leigos carmelitas, hoje em dia, o escapulário é uma pequena tira de pano ou mesmo medalha metálica que eles usam após uma singular cerimónia de imposição.
Sinal externo, exprime a convicção do afiliado a viver consagrado à Virgem Maria e sob a sua protecção. Recorda àquele que o usa, o compromisso da Ordem e o seu jeito de vida, a dimensão mariana do carisma carmelita (que se caracteriza por uma vida de familiaridade com Maria, impregnada de oração, imitação e presença). Concretamente, como meio de consagração, o escapulário fala - como dizia o Papa Pio XII - de humildade, de castidade, de oração contínua e de todas as virtudes da Mãe, das quais o devoto se deve revestir e é convidado a uma íntima união com Deus e ao serviço humilde do próximo na Igreja.
A devoção dos católicos afirma que, com seu materno amor, Maria cuida dos irmãos de Seu Filho que ainda peregrinam, vivendo no meio de perigos e dificuldades, até que cheguem à Pátria Celeste. A doutrina mariana afirma: “um verdadeiro devoto de Maria salva-se”. O Escapulário do Carmo, assim entendido, concretiza a maternidade espiritual de Maria que protege na vida, salva na morte e intercede depois a morte. www.lepanto.com.br/dados/DCEscap.html
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