Seção Saúde
doenças de pele – Câncer de Pele
por Angélica O. Ponte
A pele reveste todo o nosso corpo protegendo contra as agressões externas – ela é uma grande capa de proteção contra fungos, bactérias, produtos químicos, físicos e mesmo fatores ambientais, como o sol. Esta barreira de proteção vem das células da epiderme e derme, secreção de sebo e suor, formando uma capa especial – como um manto protetor.
Câncer de pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compões a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, o mais perigoso é o melanoma.
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da pele. Ela se concentra nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios solares.
O carcinoma basocelular é o tipo mais frequente, representando 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulada durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.
O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum de câncer de pele e pode se disseminar por meio de gânglio e provocar metástase. Entre suas causas: exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade.
O melanoma é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. É mais frequente em pessoas de pela clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.
Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os tipos de pele devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são as de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com historio da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que todas as medidas de proteção sejam adotadas na ocasião da exposição do sol: uso de chapéus, camisetas e protetores solares. Também deve ser evitada a exposição entre 10h e 16h (horário de verão). É importante ressaltar que as barracas usadas na praia sejam feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon Forman uma barreira pouco confiável: 95% dos raios ultravioleta ultrapassam o material.
Para o uso de filtros solares, é sugerida a reaplicação a cada duas horas. O ideal é que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja de no mínimo 15.
Fonte: www/sbd.org.br (Sociedade Brasileira de Dermatologia)