EPIFANIA DO SENHOR
- por J. Affonso
A Epifania é uma das festas litúrgicas mais antigas. Até mais antiga que o Natal. Começou a ser celebrada no Oriente, no século III e foi adotada no Ocidente durante o século IV.
Palavra grega que significa 'manifestação', pois o Senhor se revelou aos pagãos, na pessoa dos magos.
Por tradição antiqüíssima, são celebrados três mistérios em uma única festa: a adoração dos magos, o batismo de Cristo por São João Batista, e o primeiro milagre das bodas de Caná.
Para nós Ocidentais a Epifania é popularmente o dia dos reis magos.
Mais precisamente nessa adoração, os santos padres viram a aceitação da divindade de Jesus Cristo pelos povos pagãos. Os magos souberam utilizar seus conhecimentos - em seu caso, a astronomia de seu tempo – para descobrir o Salvador, prometido por meio de Israel para toda a humanidade. Os orientais chamavam 'magos' os seus doutores. Na língua persa, significa 'sacerdote'.
Melchior, Balthazar e Gaspar eram seus nomes. Ofereceram substâncias preciosas, onde a tradição quis ver o reconhecimento implícito da realeza messiânica de Cristo (ouro), sua divindade (incenso) e sua humanidade (mirra).
A Epifania, como expressa a liturgia, antecipa nossa participação na glória da imortalidade de Cristo, manifestada em uma natureza mortal como a nossa. É, pois, uma festa de esperança que prolonga a luz do Natal.