Uma tarde, certa mãe muito atarefada, ao promover uma limpeza geral na casa, apelou para o filho de onze anos, pedindo – lhe sua ajuda. Coube a ele, então, o dever de limpar os móveis, começando de cima para baixo, ainda com a responsabilidade de retirar todos os objetos acumulados sobre eles, para que melhor pudesse retirar toda a poeira ali amontoada desde a última faxina.
O garoto, servindo-se de uma pequena escada de dois degraus, iniciou seu trabalho. Depois de algumas horas, estavam limpos os móveis das duas salas e dos quartos. Finalmente chegou àquele quarto onde eram colocados objetos mais antigos – alguns aproveitáveis e outros não.
Havia realmente muito a fazer por ali. Quando começou pôr abaixo tudo o que estava colocado em cima de uma velha prateleira, o garoto deparou-se com um volume grosso, já amarelecido, empoeirado e metido entre latas, ferramentas e tantas outras quinquilharias encostadas. Com o livro já nas mãos, o pequeno chamou a mãe e foi dizendo:
— Olha, mãe, achei essa coisa velha, empoeirada e até com cheiro de mofo. Veja só como está horrível ... Posso jogar no lixo?
A mãe, que por um pouco havia deixado os seus próprios afazeres a fim de atender ao chamado do filho, vendo que aquilo que o garoto chamava de coisa era a Bíblia da família, disse – lhe em tom contrito:
— Meu filho, tome cuidado com este livro porque ele é sagrado, é o livro de Deus! Imagine, atirar ao lixo esse volume...
— Livro de Deus, mãe? Então, antes que as traças o destruam, o melhor é devolvê – lo ao dono, pois aqui em casa nunca o usamos e quem sabe Deus encontre alguém interessado nele... (Autor Desconhecido)