(por J. Affonso)
Neste mês comemoramos os seguintes santos: 1- Sto.Hugo; 2- S.Francisco Paula; 3- S.Ricardo; 4- Sto.Isidoro; 5- S.Vicente Ferrer; 6- Bem-Aventurada Pierina Morosini; 7- S.João Batista La Salle; 8- Sto.Alberto; 9- S.Leopoldo Mandic; 10- Sta.Madalena Canossa; 11- Sto.Estanislau; 12- Sta.Gema Galgani; 13- Sto.Hermenegildo; 14- S.Julio; 15- Stos.Tibúrcio, Valeriano e Máximo; 16- S.Benedito José Labre; 17- Sto.Aniceto; 18- Sto.Apolônio; 19- Sta.Ema; 20- Sta.Inês Monte Pulciano; 21- Sto.Anselmo; 22-Stos.Mártires de Lião; 23- S.Jorge; 24- S.Fidélis Sigmaringa; 25- S.Marcos Evangelista; 26- S.Luís Maria Grignion Montfort; 27- Sta.Zita; 28- Sta.Gianna Beretta Molla; 29- Sta.Catarina Sena; 30-S.José Benedito Cottolengo. Dentre eles, destacaremos:
São Jorge - 23 de abril
O culto a São Jorge vem do século IV dC. O soldado foi martirizado na Palestina em 23 de abril de 303, vítima da perseguição do imperador Diocleciano. Foi torturado e teve a cabeça cortada, em Nicomédia, devido à sua fé cristã.
Seus restos mortais foram transportados para Lídia, onde foi sepultado, e onde o imperador cristão Constantino mandou erguer um suntuoso oratório aberto aos fiéis. O seu culto espalhou-se imediatamente por todo o Oriente. No século V, já existiam cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, foram erguidas quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, Grécia e Império Bizantino São Jorge era inscrito entre os maiores Santos da Igreja Católica. No Ocidente, Idade Média, as Cruzadas colocaram São Jorge à frente das suas milícias, como Patrono da Cavalaria. Na Itália, era padroeiro da cidade de Genova. Na Alemanha, Frederico III dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, São Gregório de Tours era conhecido pela sua devoção a São Jorge; o rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, erigiu várias igrejas e conventos em sua honra. Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante. O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Cavalaria da jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o inglês Ricardo Coração de Leão, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa aos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra celebrava sua festa como dia santo e de guarda e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira. Ainda durante a Primeira Guerra Mundial (1914/1918) muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs da caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos da guerra. As artes também divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael (1483-1520), intitulado "São Jorge vencedor do Dragão". Na Itália existem diversos quadros célebres como o de Donatello (1386-1466).
A imagem conhecida de todos, do cavaleiro que luta contra o dragão, está relacionada às lendas criadas a partir da Idade Média. Há uma grande variedade de histórias relacionadas a São Jorge. A imagem atual do santo, sentado num cavalo com uma lança que atravessa um dragão, está relacionada às diversas lendas criadas a seu respeito, contadas de várias maneiras em suas muitas paixões. A versão mais corrente dá conta que um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e atirava fogo contra os muros de uma longínqua cidade do Oriente, trazendo morte com seu mortífero hálito. Para não destruir toda a cidade, o dragão exigia regularmente que lhe entregassem jovens mulheres para serem devoradas. Um dia, coube à filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da sua filha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz quando, de repente, apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia, montado num cavalo branco: São Jorge. Destemidamente, enfrentou as perigosas labaredas de fogo que saíam da boca do dragão e as venenosas nuvens de fumaça de enxofre que eram expelidas pelas narinas do monstro. Após um duro combate, finalmente São Jorge venceu o terrível dragão, com sua espada de ouro e sua lança de aço. O misterioso cavaleiro assegurou ao povo que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e serem batizados. Para alguns, o dragão (demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias. A relação entre o santo e a lua viria de uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam a sua ajuda.
Em 1970, a festa anual do santo nas igrejas católicas foi tornada opcional, com a reforma do Papa Paulo VI. Entretanto, em Inglaterra e noutros lugares onde São Jorge é especialmente venerado, tal festa guarda ainda toda a sua antiga solenidade, que se realiza todo dia 23 de Abril. (Fonte: http://paroquiadearroios.blogspot.com)
São Marcos, Evangelista - 25 de abril São Marcos foi discípulo de São Pedro e de São Paulo, que acompanhou nas suas viagens apostólicas.
É o criador do gênero literário Evangelho. Cronologicamente, foi o primeiro a escrever sobre a vida de Jesus, por volta do ano 56. Sendo assim, os outros dois sinópticos acabaram por adaptar o esquema de exposição de São Marcos. De fato, em Qumrã se encontrou um fragmento de seu Evangelho datado do ano 56 d.C. dentro de um vaso no qual estava escrito Roma. Irineu de Lyon, baseado em Pápias, afirma que Marcos escreveu seu Evangelho com base nas pregações de São Pedro em Roma.
Marcos era judeu e tinha tomado um nome romano, achando-se identificado com ‘João, cognominado Marcos’ (At 12.12,25) - era sobrinho (primo?) de Barnabé (Cl 4.10), e filho de Maria, que residia em Jerusalém (At 12.12). Marcos foi, provavelmente, convertido à fé cristã pelo ministério de Pedro (1 Pe 5.13), que costumava freqüentar a casa de sua mãe (At 12.12). Ele acompanhou, desde Jerusalém até Antioquia, a Paulo e Barnabé (At 12.25), e daí partiu com eles para uma viagem missionária - mas deixou-os antes de a completarem (At 13.5,13). Seis anos depois deste acontecimento Paulo não quis levá-lo consigo em outra viagem - então Marcos acompanhou Barnabé a Chipre (At 15.38,39). Todavia, quando Paulo estava preso em Roma, Marcos já era considerado seu auxiliador, e é mencionado de uma maneira que bem mostra que ele tinha reconquistado a estima do Apóstolo (Cl 4.10 - 2 Tm 4.11 - Fm 24). Primitivos escritores cristãos afirmam que ele trabalhou com Pedro durante um tempo considerável do seu ministério, gozando de sua íntima amizade, e o auxiliando como seu intérprete ou secretário - e diz-se que mais tarde missionou no Egito, sofrendo neste país o martírio. Algumas importantes suposições acham-se associadas com este evangelista. Já alguns críticos têm sugerido que a casa, de que se fala em At 12.12, era aquela mesma casa onde (na vida do pai de Marcos) celebrou-se a última Ceia (Mc 14.14) - que o Jardim de Getsêmani lhe pertencia - e que o próprio Marcos era o homem do cântaro a que se refere Mc 14.13, sendo também o jovem daquele caso que unicamente é relatado no seu Evangelho (Mc 14.51,52).
Segundo a tradição, São Marcos é o primeiro Papa (ou Patriarca) da Igreja Copta Egípcia, com sede em Alexandria, para onde se dirigiu após o martírio de São Pedro e São Paulo, sendo este o local em que teria difundido o Evangelho, tendo sido martirizado nesta cidade ao ter seu corpo arrastado por uma parelha de cavalos por volta dos anos 70-80 d.C. Assim como São Pedro foi o primeiro Papa da Igreja Católica Romana e Santo André o primeiro Patriarca da Igreja Ortodoxa, São Marcos é considerado o primeiro Patriarca da Igreja Copta. Interpretações tradicionais de seu Evangelho o vêem no jovem que fugiu nu quando da prisão de Jesus no Horto das Oliveiras.
Segundo as fontes arqueológicas, o Evangelho segundo Marcos, foi escrito em Roma - para converter o povo a Yeshua Ha Maschiach (Jesus Cristo, no hebraico) segundo às tradições em que vivia judaicas, já que os judeus não o aceitavam como Messias - a escrita completada levou de 60 D.C. a 65 D.C. e o tempo abrangido da escritura de 29 D.C. a 33 D.C. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Marcos)
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9 de abr. de 2009
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