O que significa ser santo? O Papa João Paulo II nos remeteu à seguinte reflexão: É possível projetar a santidade? Esta pergunta ele fez a todos os cristãos. Sabemos que a santidade não se faz com “malabarismos ascéticos”, nem com sacrifícios - à torta e a direita, nem com fantasias dementes ou doentias, mas levando uma vida normal e comprometida, assumida no dia do batismo. É isso que nos torna transformadores de nossa sociedade e construtores de uma nova visão global iluminada pelo Evangelho...
Santo é ícone, sinal vivo de Cristo. É pessoa que, como São Paulo Apóstolo, pode chegar a dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim!”
Santos são pessoas de carne e osso, que andam ao nosso lado, caminham pelas nossas estradas, sentam na mesma lanchonete e freqüentam a mesma igreja que nós; mas com uma intensidade de vida que nos surpreende. Assim também foi a vida dos santos que conhecemos, basta ler sobre suas vidas que podemos entender os motivos pelos quais eles foram canonizados.
A canonização dos santos é um reconhecimento definitivo pelo qual a Igreja declara que alguém viveu exemplarmente a fé e que participa da glória celeste prescrevendo que lhe seja prestada a veneração pública (os santos padroeiros de nossas comunidades, por exemplo).
Uma pessoa não é santa porque a Igreja a canoniza. A Igreja a canoniza porque ela é santa! Podemos citar a vida de Santa Josefina Bakita, que apesar de tantos sofrimentos pelos quais passou, soube perdoar seus algozes, tornou-se uma religiosa canossiana e dedicou sua vida toda para servir e adorar o Senhor vivo e verdadeiro.
A Igreja, pelo Magistério solene e universal do Papa, reconhece a santidade de seus membros e filhos. Desde os primeiros tempos, a Igreja cultuava os mártires e os confessores da fé. O heroísmo da fé, o ardor da caridade e outras virtudes dos discípulos de Cristo e amigos de Deus, reconhecidos pelas pessoas que viveram com eles, ocasionavam a proclamação espontânea da santidade desses cristãos. Eram bispos, monges, missionários, fundadores de conventos e mosteiros, pais e mães de famílias, jovens. Até o Século VI, bastava o reconhecimento da comunidade cristã para que se desse início ao culto. Com o tempo, a Igreja exigiu procedimentos mais detalhados, então a canonização passou a ser feita somente pelo Papa.
Com a Canonização de alguém, a Igreja nos propõe exemplos de vida e nos mostra que todos somos chamados a corresponder plenamente ao chamado de Deus e sermos santos, como ele o é (Mt, 5,48). Os santos são discípulos exemplares de Jesus Cristo e ajudam seus irmãos a conhecerem os caminhos do Evangelho e da imitação de Cristo. Participamos da Igreja que, apesar de muitas falhas de seus filhos, é santa e tem em seu seio verdadeiros heróis da fé e do amor - pessoas como nós, que estão na glória de Deus e intercede por nós. (Fonte: CNBB)
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