SANTOS & FESTAS DO MÊS

(por Sandra C. Maria)

Neste mês comemoramos os seguintes santos:

01-Sta.Beatriz, 02-Sta.Doroteia, 03-S.Gregório Magno; 04-Sta.Rosália, 05-Beata Teresa de Calcutá, 06-Sto.Eleutério, 07-Beato Vicente de Sto.Antonio, 08-Natividade Nª.Senhora, 09-S.Pedro Claver, 10-Bem Aventurado Guilherme, 11- Sta.Pulquéria, 12-S.Nilo, 13-S.João Crisóstomo, 14-Exaltação da Sta.Cruz, 15-Memória de Nossa Senhora das Dores, 16-S.Cornélio e S.Cipriano, 17-S.Roberto Belarmino, 18-S.José de copertino, 19-S.Januário, 20-Stos.Mártires da Coréia, 21-S.Mateus, 22-S.Maurício e Companheiros, 23-S.Padre Pio, 24-S.Geraldo, 25-S.Sérgio, 26-S.Cosme e Damião, 27-S.Vicente de Paulo, 28-S.Venceslau, 29-S.Miguel, Gabriel e Rafael, 30-S.Jerônimo. Dentre eles, destacaremos:

Memória de Nossa Senhora das Dores - 15 de setembro

Mais que ninguém, Nossa Senhora foi a criatura mais aquinhoada de dons divinos, talentos graças e revelações. Perfeitíssima, ela devolveu tudo isso que recebeu do Criador. Deus pediu a Ela coisas que não foram solicitadas de uma pessoa comum.
Estar ao pé da Cruz, vendo seu Filho expirar, ela aceitou aquele sofrimento dilacerante, pois essa era a vontade do Senhor. Quantas mães tolerariam isso? Fossem sujeitas a tal prova, quantas não julgariam que “Deus estaria exagerando”?
Nossa Senhora nunca se queixou, dando-nos admirável exemplo de submissão à vontade divina.

A Festa tem raízes na História

Quando a Igreja celebra as Dores de Maria, está memorando, na realidade, sua maravilhosa correspondência às graças recebidas do altíssimo. Sua perseverança, sua força materna, fidelidade aos pedidos divinos, por mais árduos ou incompreensíveis que parecessem ser. Ela sofreu muito, e ficamos admirados em ver como levou sua cruz até o fim, sem queixas nem desfalecimentos. Como mãe de Deus, poderia conseguir de seu Divino Filho uma cruz menor. Contudo, pelo contrário, sempre se fez presente em seu espírito a resposta dada ao Arcanjo São Gabriel: "Eis aqui a escrava do Senhor”. Ela pode nos pedir que a imitemos. Se quisermos amar a Deus como ela o fez, devemos estar dispostos a dar mais.
Santa Brígida, princesa sueca, que morava em Roma no século XIV, teve numerosas e impressionantes aparições de Nosso Senhor e sua Santíssima Mãe. Certo dia, Nossa Senhora revelou-lhe o seguinte: “Olho todos os que vivem no mundo, para ver se há quem tenha compaixão de Mim e medite minha dor, mas acho muito poucos que pensem em minha tribulação e padecimentos. Por isso, minha filha, não te esqueças de Mim, que sou esquecida e menosprezada por muitos. Olha minha dor, e imita-me no que puderes. Considera minhas angústias e minhas lágrimas, e lamenta que sejam tão poucos os amigos de Deus”.

A Ordem dos Servos de Maria já difundia, desde o século XIII, uma oração lembrando os sete episódios mais dolorosos na vida de Nossa Senhora. E com o tempo, os fatos acima mencionados acabaram se fundindo na devoção atual.
Uma lamentação inútil?
Você poderia pensar o seguinte: Não entendo por que Nossa Senhora deseja que meditemos suas dores. Admirar sua fidelidade, eu entendo. Mas ficar pensando no que sofreu? De que serve isso?
Quem admira, acaba por se parecer com o que admirou. Se discernimos algo admirável, acabamos imitando-o, conscientemente ou não. E isso acontece quando meditamos as dores de Maria Santíssima. O próprio fato acaba nos inclinando a ser como Ela e agirmos como Ela. Se refletirmos sobre a sua revelação feita a Santa Brígida, concluiremos que Nossa Senhora não pede tão somente para meditarmos, mas que a imitemos na medida do possível. Seja em sua oração contínua, em seu desejo de sacrifício, em sua fidelidade às graças recebidas... Não obteremos o mesmo grau de perfeição, mas façamos devemos imitá-la, na medida do nosso possível.
A maior de todas as armas nesta batalha espiritual está perfeitamente ao nosso alcance: a oração. Quantas pessoas lamentam o número de drogados, mas nem se lembram de rezar para que as pessoas sejam socorridas, para venha a ruir esse império de drogas, para que sejam punidos os responsáveis. Lamentam a existência do crime organizado, mas não rezam pela restauração da ordem. Desejam o fim da desordem moral no País, mas não se lembram e nem falam da necessidade das orações. Mas também não basta rezar. No meio da desgraça, quantas e quantas vezes um apoio espiritual representa um valor incalculável. Nada nos impede de nos unirmos, ou - ao menos - dar um telefonema de apoio àqueles lutam contra o aborto, por exemplo. Meditemos sobre tudo isso, neste mês especial, em que a Santa Igreja comemora a festividade de Nossa Senhora das Dores!