Seção da Família (por Jean Carlo Monteiro)
Continuemos a reflexão sobre os Sacramentos que norteiam a nossa vida espiritual.
O sacramento da PENITÊNCIA OU CONFISSÃO
O Catecismo da Igreja ensina que: “a Confissão individual e integral dos pecados graves, seguida da absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com A Igreja” (§1497). Jesus veio ao mundo para “tirar o pecado do mundo” (João 1, 29) e para isto aceitou ser imolado. A Igreja ensina que: aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado, nada tem conseqüências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro “(catecismo §1488).
S. Ambrósio († 397), doutor da Igreja, diz que na Igreja existem a água e as lágrimas: a água do Batismo e as lágrimas da penitência” (Ep 41, 12). Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como `a Segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça` (Conc. Trento, DS 1542).
É do sacrifício de Cristo a fonte de onde brota inesgotavelmente, o perdão de nossos pecados pelo Sacramento da Confissão. Imediatamente após o Ressureição, Jesus instituiu o Sacramento do Perdão, a ser ministrado pela Igreja, através dos seus Apóstolos e sucessores.
“Na tarde do mesmo dia [o da Ressurreição], que era o primeiro da semana [domingo], os discípulos tinha fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e se pôs no meio deles. Disse-lhes: “A paz esteja convosco”. Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco”. Como o Pai me enviou, eu também envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo: “recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” (João, 20,23)
Jesus envia os Apóstolos como seusw representantes (“assim como o Pai me enviou, eu os envio a vós”), para perdoar os pecados dos homens. Jesus estava ansioso por esta hora. Veio ao mundo exatamente para isto, para “tirar o pecado do mundo”. E agora ele cumpria a sua missão. Conquistou o perdão com o seu sacrifício; e, então, incumbiu a sua Igreja de distribuir este perdão a quem tivesse.
Quem não se Confessa, desperdiça a grande graça do perdão que Jesus nos conquistou. Tudo o que Jesus nos perdoa na Confissão, está perdoado para sempre e Deus não se lembrará mais desses pecados.
Infelizmente, muitos cristãos ficam muito tempo sem se confessar. Para uma boa confissão é preciso fazer bem o exame de consciência, contar todos os pecados ao sacerdote (e quantas vezes foram cometidos), se arrepender deles, ter o proprósito de não os cometer mais e cumprir a penitencia dada pelo confessor.
Na confissão é o próprio Cristo que nos lava com o seu preciosíssimo Sangue. Poderíamos desejar mais?
(Fonte: Prof. Felipe Aquino / Fonte: Revista Canção Nova n° 97 – Janeiro/09)