A Campanha da Fraternidade deste ano de 2010 é ECUMÊNICA e tem como tema: "Economia e Vida" e como lema: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", frase extraída do Evangelho de São Mateus.
A Igreja Católica realiza a Campanha da Fraternidade desde 1964. Este ano de 2010 será a terceira Campanha Ecumênica. As primeiras foram em 2000 e em 2005.
Este tema foi escolhido a partir de sugestões nascidas da consciência cristã das Igrejas-membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Segundo o secretário-geral do CONIC, Rev. Luiz Alberto (da Igreja Anglicana): "o objetivo da Campanha Ecumênica de 2010 é unir as Igrejas Cristãs e a nossa sociedade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo paz".
Na Bíblia, os pobres e necessitados estão no centro da justiça que Deus exige das relações humanas e econômicas. A pobreza é produto de decisões de políticas públicas. Reverter essa situação de extrema necessidade é obrigação inadiável de uma sociedade como a nossa. A CF 2010 quer contribuir e equacionar essa relação entre economia, vida humana e conservação do meio ambiente vital, e avaliar criticamente esse sistema dominante e suas opções.
O TEXTO-BASE da Campanha faz-nos refletir que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade e, não o contrário, a pessoa para a economia. O lema da Campanha, a afirmação de Jesus registrada em Mt 6,24, nos propõe uma escolha entre os valores do plano de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida. O dinheiro, embora necessário, não pode ser o supremo valor dos nossos atos nem o critério absoluto das decisões dos indivíduos e dos governos. O dinheiro "deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade". Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida fundamental para a sustentação de qualquer economia é um sistema que cria reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento na vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis. Contudo, o capitalismo selvagem trabalha no sentido oposto. Não se importa com a destruição da natureza ou com o fato de que está tornando sistêmica a miséria de milhões de famílias...
O CARTAZ da Campanha nos remete a um desafio de uma escolha quotidiana em nossa vida. Fundo escuro evocando a penumbra de um templo. Mãos em oração: súplica diante de uma vela feita não de cera, mas de dinheiro, revelando o drama do ser humano, que precisa de bens materiais para satisfazer suas necessidades, mas que pode também se tornar escravo da ganância. As preces são dirigidas a Deus, ou ao Dinheiro como se fosse Deus? É a luz de Deus que ilumina ou é o cintilar do ouro que atrai? O dinheiro é necessário neste mundo, onde tudo se compra e se vende. Precisamos dele pra comprar alimentos, roupa, para cuidar da saúde, para pagar o colégio, para adquirir a moradia e custear o lazer.
O cintilar do ouro e das moedas, porém, se mistura facilmente com a ambição e o desamor. Você pode se tornar escravo dos bens materiais e depositar neles a sua segurança. Você pode viver acumulando dinheiro e propriedades como se deles dependesse a sua vida. Você não pensa que seus bens podem ser supérfluos e suas necessidades podem ser imaginárias, induzidas pela propaganda, pela moda ou pelas promoções de fim-de-semana. Você também acaba esquecendo que há crianças abandonadas, pobres morando nas ruas, pessoas famintas e doentes, e fica cuidando do seu dinheiro como se fosse Deus, fechando os olhos sobre as necessidades do próximo. O Cartaz convida você a se libertar da dependência dos bens materiais. Ponha a sua confiança em Deus. Fuja da ganância e do egoísmo. Cultive sentimentos de fraternidade. Contribua com o seu trabalho e os seus bens, para a construção de um mundo mais justo e solidário!
O cintilar do ouro e das moedas, porém, se mistura facilmente com a ambição e o desamor. Você pode se tornar escravo dos bens materiais e depositar neles a sua segurança. Você pode viver acumulando dinheiro e propriedades como se deles dependesse a sua vida. Você não pensa que seus bens podem ser supérfluos e suas necessidades podem ser imaginárias, induzidas pela propaganda, pela moda ou pelas promoções de fim-de-semana. Você também acaba esquecendo que há crianças abandonadas, pobres morando nas ruas, pessoas famintas e doentes, e fica cuidando do seu dinheiro como se fosse Deus, fechando os olhos sobre as necessidades do próximo. O Cartaz convida você a se libertar da dependência dos bens materiais. Ponha a sua confiança em Deus. Fuja da ganância e do egoísmo. Cultive sentimentos de fraternidade. Contribua com o seu trabalho e os seus bens, para a construção de um mundo mais justo e solidário!
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