A SAGRADA FAMILIA: JESUS, MARIA E JOSÉ
por Irmã Dilma Maria Andrade, fdcc
“Vieram apressados os pastores e encontraram Maria com José, e o menino deitado no presépio” (Lc 2,16)
Celebrando a Sagrada Família, no dia 26 de dezembro estamos celebrando uma realidade humana que contém muito do mistério de Deus.
O menino é Deus e Homem; a Mãe, cheia de graça concebida sem pecado; o Pai, o próprio Deus, representado na terra por José, o justo. Não temos dúvidas de que esta família viveu em Nazaré como qualquer outra família e viveu a quebradiça harmonia humana. Algum problema e alguma contrariedade devem ter tido, embora seja difícil imaginar coisas desse tipo em Jesus, Maria e José.
A realidade dominante do que teria sido a vida de Jesus, Maria e José em sua pequena cidade de Nazaré, onde José exerceu a profissão de carpinteiro, foi a simplicidade. Se bem que, de descendência ilustre por parte de seus antepassados, pois tem descendência do Rei David.
A Sagrada Família levava uma vida modesta, em meio a uma numerosa parentela, constituindo um lar nem pobre, nem rico, ganhando o pão de cada dia com o suor de seu rosto, respeitando as leis administrativas e sociais de seu povo.
A vida de oração da Sagrada Família era igual a de todo bom israelita praticante daquela época. Ela vivia uma realidade tão grandiosa que apenas o silêncio e a discrição poderiam assegurar, ao Lar de Nazaré, a serenidade necessária ao desenvolvimento do plano de Deus, o nascimento do Messias, tão esperado pelo povo hebreu.
Foi na humilde morada de Nazaré que começaram a se desenrolar, entre os membros da Sagrada Família, as primeiras páginas do Novo Testamento que o céu, em seu verbo, se fez carne e veio se doar aos homens, por amor e pela salvação de todos.
O Testemunho de Jesus e de seus pais demonstra, também, o imenso resplendor que pode atingir uma vida familiar comum, vivenciada em Deus, na simplicidade e num grande amor compartilhado.